domingo, 4 de fevereiro de 2018

31/12 - Allen à Bariloche

Após uma boa noite de sono, saímos logo de manhã em direção à San Carlos de Bariloche, afinal de contas o dia anterior tinha sido apenas de estrada, sem nada de especial para ver, então estávamos ansiosos para chegar em um dos destinos preferidos dos brasileiros que vão para a Argentina.
Saímos por volta das 07:30 do apartamento e partimos para a rodovia, durante minhas pesquisas para a viagem, vi que na região da cidade de Neuquén existiam grandes sítios arqueológicos, principalmente com fósseis de dinossauros. Desde criança fui fascinado pelo mundos dos dinos, então, uma rápida parada em um museu era quase que obrigatório.
Saindo em direção à Bariloche tivemos a primeira agradável surpresa do dia, procurávamos um lugar para tomar café e encontramos uma "padaria" recomendada pelo google maps chamada Sil-Mar. Como não havia outras opções, decidimos arriscar e nos demos muito bem, a padaria é tocada por duas irmãs, que sem dúvida foram duas das pessoas mais simpáticas que encontramos em nossa viagem, pena não ter tirado uma foto com elas, como vimos nas nossas andanças o café da manhã na Argentina é doce, bem diferente do Brasil, onde se tem muitas opções salgadas, porém as duas irmãs se desdobraram para nos atender e servir um café da manhã mais "brasileiro" possível. Após um bom desayuno nos dirigimos para a Villa El Chocon, onde se encontra o Museu Municipal Ernesto Bachmann que guarda preciosidades do mundo da paleontologia, inclusive uma dos mais completos e bem preservados fósseis de dinossauros de um Gigantossaurus, um dos maiores dinossauros carnívoros conhecidos. Confesso que foi um momento particularmente mágico pra mim ver aqueles fósseis na minha frente, foi uma volta ao tempo em muitos modos, realmente um momento inesquecível.
A Villa El Chocon fica as margens de um lado criado para uma usina hidroelétrica e quando saímos do museu resolvemos descer até o lago para ver como era e para nossa surpresa um tom de azul maravilhoso foi nos apresentado com um lindo visual inesperado, foi realmente uma grata surpresa.
Dinossauros e lago vistos, era hora de retornar o caminho para Bariloche, neste trajeto passamos por muitas cidades e povoados e um dos mais charmosos foi o Piedra del Aguila, com umas formações rochosas muito interessantes, foi também após este vilarejo que tivemos um dos momentos mais emocionantes da viagem, sem se anunciar é possível ver de longe um topo todo nevado no horizonte, a Cordilheira dos Andes se mostra pela primeira vez, uma cena inesquecível. À partir daí o caminho se tornou um deleite para os olhos, conforme íamos nos aproximando dos Andes a paisagem ia mudando drasticamente e as formações rochosas que iam se formando pelo caminho eram de deixar todos os queixos caídos, com certeza este foi um dos trajetos mais lindos que passamos não apenas na nossa viagem, mas em toda a nossa vida.
Antes de chegar em Bariloche, paramos para algumas fotos em um dos mirantes mais bonitos da viagem, com o Lago Nahuel Huapi e a cidade de Bariloche de fundo, com os Andes cobertos de gelo, de tirar o fôlego!
Depois disso nos restou procurar nosso apartamento e nos preparar para a noite de ano novo.
O apartamento em que ficamos era muito simples, porém, muito bem localizado, como era véspera de reveillon muitos comércios estavam fechados e apenas uma vendinha próximo de onde estávamos ainda estava aberto, compramos algumas coisas e já voltamos para o apartamento, o vento estava fortíssimo e a sensação térmica estava muito baixa. Nesta venda tivemos duas pessoas "marcantes" na viagem, primeiro a dona da venda, a primeira e única pessoa que não nos atendeu muito bem, e que ao ver que eu era brasileiro fechou a cara e depois disse que não gostava de brasileiros, muito diferente do seu marido, que atendeu com uma grande cordialidade e brincou muito falando sobre futebol, realmente muito simpático, um completo avesso à esposa, enfim, vida que segue.
Compras feitas, fomos fazer nossa "ceia" para esperar a virada do ano, em Bariloche o ano novo é super morto e as maiores festas acontecem nos hotéis, que é claro, são muito caras. Comemos nossa ceia, vimos algumas fotos da viagem, conversamos sobre tudo aquilo que já tínhamos visto e de repente já era meia noite e "estouramos" um champanhe para celebrar 2018 e já fomos para a cama, no dia seguinte passearíamos por Bariloche e um novo ano começava!

Feliz 2018!

Abaixo algumas fotos do nosso dia.


Parada para café da manhã


















Primeira aparição dos Andes


















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