domingo, 11 de fevereiro de 2018

11/01 – San Pedro de Atacama



3:30 já toca o despertador, neste dia faremos o passeio até um campo geotermal chamado Geysers del Tatio e como o melhor horário para se ver o fenômeno natural é junto com o nascer do Sol, precisamos sair bem cedo. Por volta das 04:30 a van passou para nos buscar e a partir daí o melhor é dormir, ao menos tentar, pois não há muito o que se ver no caminho que estava muito escuro. Um detalhe importante, li em muitos blogs que era possível fazer o passeio até Tatio com seu próprio veículo e que não era necessário que fosse um 4x4, NÃO FAÇA ISSO! Sério, a menos que esteja com um veículo alugado, ou que você disponha de um somente para “acabar com ele”, do contrário eu não recomendo mesmo, primeiro pela questão de andar à noite numa estrada desconhecida e que está em PÉSSIMA condição, segundo porque um pequeno córrego atravessa a pista, dependendo do veículo, ele não passará, além de você acabar com seu carro por causa do percurso, ai vai de cada um.

Optamos por fazer com agência e foi uma ótima escolha, passado cerca de 1 hora sacolejando por estradas muito ruins, chegamos até o campo geotermal, particularmente falando eu estava com uma grande expectativa em conhecer o lugar, pois além de fazer parte dos “passeios obrigatórios” do Atacama e ser muito recomendado por quase todos os viajantes, isso está ligado também com meu lado profissional, então, tinha tudo para ser um grande passeio.

Em San Pedro a temperatura estava baixa, mas tranquila para suportar com apenas uma blusa de frio, porém, chegando lá, pegamos uma temperatura de -7°C, realmente um frio descomunal, como já sabíamos que pegaríamos temperaturas muito baixas, fomos preparados, e quase morremos de aflição ao ver algumas pessoas de bermuda e sandália, tem gosto pra tudo!

O passeio não foi exatamente TUDO ISSO que falam, quem vai  assim como nós fomos, esperando ver GRANDES gêiseres “explodindo” das entranhas do planeta, fica um pouco decepcionado com o que vê. A grande maioria são pequenas “poças” com água borbulhando, que ocasionalmente sobem alguns centímetros, porém, existem alguns que são maiores e seu jato de água consegue chegar a mais de um metro. É um passeio que eu recomendo fazer caso você tenha tempo, se não, eu não sei se vale tanto assim, a Marcela gostou muito, talvez eu tivesse criado muita expectativa, então, realmente ficou uma sensação de “poderia ser melhor”. De qualquer forma é um lugar muito interessante, que rende muitas fotos, além é claro de ver um fenômeno muito raro da natureza.

Depois disso, o resto do passeio é pura “enrolação”, nos levaram para ver um gêiser de lama, que precisava subir uma colina para chegar até ele, como a altitude estava próxima aos 4500 metros, resolvemos não arriscar, o que pareceu ter sido uma boa, pois conforme o grupo ia voltando completamente esbaforido, diziam que não era nada demais. Depois disso passamos por um alojamento abandonado de mineiros, em uma laguna para observamos alguns flamingos e pássaros da região, passamos num povoado para ir banheiro e também comer carne de lhama, que acabamos dispensando pela falta de tempo, porém segundo os guias, dificilmente a carne é mesmo do animal. Passamos também para ver alguns cactos gigantes, que não tem nada muito especial, até retornarmos a agência de viagens. Realmente, depois dos gêiseres tudo é uma enrolação para “render o passeio”, muito desnecessário por sinal.

Vale lembrar que neste passeio está incluso café da manhã e nossa agência prometeu um “banquete” nesta refeição, que na verdade foi extremamente simples e em pouca quantidade, por isso ao chegarmos do passeio, fomos reclamar por essa propaganda enganosa. Os funcionários da agência se desculparam, disseram que iriam averiguar o que havia acontecido e como tínhamos marcado mais um passeio com eles, prometeram compensar no dia seguinte. É esperar pra ver.

Nesse dia fomos almoçar em um restaurante muito recomendado em blogs de viagem chamado La Pica del Indio (antes de qualquer coisa, pica significa comida barata), o barato em SPA está muito longe daquilo que consideramos, porém uma ótima refeição saiu por 5500 pesos, com direito à entrada, prato principal e sobremesa. Super recomendando, vale muito a pena. Depois disso demos uma passeada na Caracoles e como tínhamos acordado muito cedo, estávamos pregados, por isso concordamos em voltar para a pousada, descansar a tarde e dar uma volta à noite, além é claro do calor infernal que estava fazendo.

Depois de uma tarde de descanso, não há muito o que se fazer em San Pedro à noite, sem que se gaste muito, como estávamos numa viagem low-cost, abrimos mão de algumas coisas para compensar em outras, por isso, após uma volta pelo centro, pegamos uma pizza na El Charrua, que está muito bem cotada nas avaliações, além de recomendada em blogs. Realmente vale muito a pena, pizza é ótima e nos serviu muito bem, não lembro exatamente o valor que pagamos por ela, mas na conversão ficou em torno de 60 reais, caro, mas acredite, esse é “barato” por lá. Terminado o jantar era hora de descansar, pois no dia seguinte iríamos para o Salar de Tara, aproximando dos 4800 metros de altitude.


Seguem algumas fotos do nosso dia
































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