segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

02/01 - Bariloche à Pucon

Fortes emoções, essa foi a pedida deste dia de viagem. Após um deleite para os olhos no dia anterior, era hora de pegar as malas e rumar para outro país, vamos para o Chile, mais precisamente a cidade de Pucón, esta parte da viagem era uma das quais eu estava mais ansioso para que chegasse, pois iríamos passar por uma das rotas mais bonitas da América do Sul, a Rota dos 7 Lagos, passaríamos por Villa La Angostura e San Martín de Los Andes, todos lugares muito bonitos e que com certeza nos encheriam os olhos.
Café tomado, carro arrumado, hora de pegar pista. A previsão era de tempo fechado e chuva para esse dia, o que é claro, foi um banho de água fria nas pretensões de curtir todo o visual da estrada.
Saímos de Bariloche com um sentimento de que com certeza voltaremos um dia para acabar de descobrir a cidade e quem sabe conhecer todo o seu charme durante o inverno, porém, no verão ela também é imperdível! Começamos a serpentear por estradas que sempre possuem um visual muito bonito, porém o tempo foi fechando e a chuva veio, passamos por La Angostura com tempo chuvoso, não deu pra parar e tirar algumas fotos e dar uma volta pela cidade, uma pena, pois mesmo com tempo ruim ela se apresentou uma graça.
Neste momento nossa viagem deu uma guinada, como disse anteriormente, a ideia era seguir pela Rota dos 7 Lagos, e teoricamente nós estávamos na pista correta, logo era apenas seguir por ela. Não sei exatamente quando e em qual momento, mas mudamos de rodovia, sem percebermos e como o tempo estava muito ruim, eu confesso que não prestei muita atenção no caminho, estava com um grande sentimento de frustração. Foi aí que de repente, chegamos numa aduana argentina, eu achei tudo muito estranho, pois ainda faltava passar por San Martín de Los Andes e tínhamos andado pouco na Rota traçada, acabamos ficando sem entender, neste trecho o trânsito estava parado e os carros eram liberados por grupos para passar pela aduana, pensei que estivéssemos no lugar certo e talvez a aduana argentina fosse apenas um pouco antes da cidade de San Martín de Los Andes, pois quando chegamos no Uruguai, ao passarmos a fronteira, a aduana Uruguaia era cerca de 5 km a frente, logo, isso poderia ter acontecido novamente.
Por fim, ficamos na fila alguns minutos, logo fomos liberados e quando nos demos conta, estávamos fazendo todo o processo de imigração para sair da Argentina e ir para o Chile, talvez, se o tempo estivesse aberto, eu teria feito meia volta, porque obviamente estávamos errados, mas como o tempo estava fechado e não havia muito o que ver, continuamos. Foi então que após cerca de 1 hora para todo o trâmite e liberação, começou a ocorrer em mim um sentimento muito ruim, pois nós estávamos em uma pista desconhecida pelas minhas pesquisas, o GPS que é claro, havia parado de funcionar quando mais se precisava, acusou que estávamos indo para Osorno, muito ao sul de Pucón, e eu não havia pesquisado nada sobre essa região, em relação à postos de combustível, qualidade do asfalto, e outras informações importantes, foi literalmente um tiro no escuro! E com uma certe dose de pânico comecei a subir os Andes em direção à aduana chilena sem saber exatamente o que iria encontrar pelo caminho, sem dúvida esse foi um dos momentos mais tensos da viagem.
Após alguns quilômetros e um pouco mais calmos, chegamos na aduana chilena para fazer o processo de entrada no país, como sempre a maioria dos funcionários muito simpáticos, dispostos a ajudar, com exceção de um deles extremamente mal-humorado, tudo transcorreu bem, fizeram a revista completa no veículo, foi solicitado que todas as malas fossem retiradas, passaram o cão-farejador por toda a bagagem e o funcionário que estava nos atendendo sempre muito cordial e educado.
Vistoria feita, era hora e retomar o caminho, o GPS já havia voltado a funcionar e o próximo destino era a cidade chilena de Osorno, onde aproveitamos para almoçar e fazer câmbio, até mais que o Uruguai, o Chile é um país caríssimo, o custo de vida é muito alto e em relação ao real, as coisas em geral saem muito caras para nós. Depois do almoço em Osorno rumamos para Pucón e o tempo continuava fechado e ocasionalmente chovia.
Chegamos ao nosso destino já anoitecendo e andamos muitos quilômetros a mais do que o previsto devido a desatenção e excesso de confiança, malas descarregadas, neste dia ficamos alojados num conjunto de prédios chamado Parque Suizo, é razoável, porém nada além disso, o anúncio no Booking dizia que acomodava 3 pessoas, mas na verdade existia apenas 1 cama de casal e um sofá cama bem desconfortável, para um casal está ótimo, para nós que estávamos em 3, deixou a desejar. Malas guardadas fomos ao supermercado para comprar alguma coisa para que pudéssemos jantar, como sempre, dando preferência para ser feito em casa, fizemos as compras, demos uma pequena volta pelo centrinho de Pucón que é realmente uma graça e partimos para comer e descansar, estava previsto amanhã chegarmos na base do Vulcão Villarica, um dos pontos mais aguardados da nossa viagem.

Abaixo, algumas fotos do nosso dia







Igreja Matriz em Osorno


Local onde almoçamos

O prato pedido

Nenhum comentário:

Postar um comentário