Após uma estadia frustradíssima em Pucón, o melhor era sair
cedo para chegar logo em Santiago, malas arrumadas, café tomado, era hora de
pegar pista. Porém, eu ainda estava muito inconformado de não ter podido nem se
quer VER o vulcão que domina toda a paisagem da cidade devido à grande quantidade
de nuvens, por isso antes de irmos para Santiago, mesmo com tempo fechado, seguimos a rota que levava ao vulcão, para pelo menos tentar vê-lo, alguns quilômetros de
estrada de terra muito ruim, achamos que não valeria a pena pelo risco, o jeito
foi voltar e rumar para Santiago.
O mais interessante é que em um dos últimos momentos
possíveis, milagrosamente algumas nuvens se dissiparam e por alguns poucos
segundos deu pra ver a ponta do cume, uma visão muito linda, mas que poucos
segundos depois já foi encoberta, o que deu pra ver está na foto abaixo.
Ficamos com um sentimento de “incompleto” nesta cidade e não ter visto o vulcão
foi realmente muito triste, uma vez que viemos aqui só por causa dele. Bom vida
que segue, é hora de ir para Santiago.
Pista dupla o caminho todo, rodovia em ótimo estado de
conservação e claro muitos pedágios, que giravam em torno de 12 a 15 reais, um
preço justo a ser pago devido a qualidade, o único problema é eles serem muito
próximos, o que acaba dando uma boa encarecida. Encontram-se muitos postos ao
longo da rodovia, combustível não é problema, mas um lugar bom para comer,
foi! Ao longo da pista encontra-se muitos “puxadinhos” que vendem algumas
coisas de comer, mas sinceramente, não dá muita coragem de parar, restaurantes,
esqueça, muito difícil de serem encontrados e os postos acabam se tornando uma
opção para um lanche ou coisas assim.
A surpresa ficou por um restaurante há +- uns 150 km de
Santiago, chamado Al Paso +. Fica na beira da pista mesmo e foi o único lugar
descente que havíamos encontrado até então (depois aparecem outras opções, mas
a fome e a incerteza não permitiram esperar), tinha alguns carros parados e
dois ônibus, sentimos confiança para parar e comer. O garçom (que me fugiu o
nome, e deveria ter tirado uma foto com ele), era um show a parte, extremamente
simpático e bem humorado nos atendeu muito bem, a comida estava muito boa e foi
a primeira vez que comemos a palta (ingrediente super tradicional da culinária
chilena, que nada mais é do que abacate amassado, é diferente pra falar a verdade,
a Marcela gostou muito, eu e minha mãe torcemos um pouco o nariz hehe)
Depois de ter almoçado, rodamos mais umas duas horas e já
estávamos em Santiago à caminho do nosso apartamento, novamente o GPS indicou
muito bem o trajeto e achamos sem maiores dificuldades. A primeira impressão de
Santiago não foi muito boa, trânsito caótico, desorganizado, o clima de cidade
grande mesmo. Ficamos hospedados na Bella Vista, que é bem recomendado na
internet. O bairro em si é bom, próximo ao centro, mas achei meio perigoso,
pelo tanto que falam de Santiago, fiquei um pouco assustado com o número de
moradores de rua que viviam ali por perto.
Descemos as malas, nos ajeitamos no apartamento, era hora de
preparar a janta, como já disse, o Chile é muito caro e cozinhar foi uma ótima
opção, porém, neste dia estávamos cansados e havíamos almoçado fazia pouco
tempo, então eu saí para dar uma volta e ver se achava uma padaria ou algo
assim. Achei uma pastelaria, e pra minha surpresa, descobri que no Chile,
pastel é doce e parece um bolo, nada a ver com o nosso. O jeito foi comer
algumas porcariadas que tínhamos levado e ir pra cama, descansar bem pra
aproveitar o dia seguinte.
Foto do cume do vulcão Villarica
Foto do cume do vulcão Villarica
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