Neste dia acordamos cedo para irmos até o litoral conhecer
as duas famosas cidades, comentamos no café que ficamos um pouco desapontados
com Santiago devido sua “fama” aqui no Brasil, na opinião de todos, uma
cidade normal, que em questão de organização e limpeza está muito atrás de
Montevideo por exemplo (apesar de serem cidades de portes completamente
diferentes). Arrumamos as coisas, pegamos o carro e partimos para a estrada, o
tempo estava fechado, as vezes garoando, o que deu uma quebrada no “clima” de
praia que a gente esperava encontrar, nem pensando em entrar na água, que todos
falam que é extremamente gelada, mas pelo dia de passeio mesmo.
Após cerca de 2 horas, optamos por ir primeiro a Viña de Mar
e depois, voltar por Valparaíso, creio que foi uma decisão acertada, pois na
volta o trânsito estava muito intenso, e a saída de Viña del Mar estava bem
complicada, segundo o GPS. Chegamos na cidade e o primeiro local que fomos
conhecer foi o museu Fonck, que tem como principal (e talvez único) atrativo um
Moai original trazido da Ilha de Páscoa. Particularmente eu achei demais poder
ver aquela escultura ali, na minha frente, coisa que eu sempre tinha visto nos livros
de história, é realmente muito interessante. Porém, passada a euforia de ver o
Moai, resolvemos dar mais uma volta pela cidade, lemos na internet que
realmente o museu não compensa pelo preço que se paga em muitos comentários.
Como uma das sugestões do tripadvisor para Viña del Mar, estava o Palácio
Rioja, uma linda construção do começo do séc. XX que se encontra muito bem
preservada, conta ainda com visita guiada gratuita. Como o local era perto do
Museu e o tempo permanecia fechado, resolvemos conhecer o palácio, e para nós foi
uma grata surpresa, porque ele é realmente bem interessante, não que você irá passar
o dia por ali, mas o estado de conservação do prédio e a visita com guia
gratuito, deixa o passeio bem interessante.
Timidamente o tempo começou a abrir, então, estava na hora
de ver o Pacífico, a primeira vez que você olha algo “novo” é sempre
surpreendente, por mais que seja “apenas” um oceano, saber que você está, literalmente,
do outro lado da América, dá uma sensação muito gostosa. A cidade estava muito
cheia, com um trânsito muito carregado e lugar para estacionar o carro era algo
muito difícil de se encontrar, por fim, após rodarmos muito, acabamos
encontrando um lugar próximo à praia para parar o carro e aproveitamos para
admirar a imensidão azul à nossa frente, de quebra, ainda estávamos próximo à
pedras onde costumam ficar os leões marinhos e mesmo de longe, pudemos ver
vários deles, realmente uma cena muito legal. Após tirarmos muitas fotos, era
hora do almoço, via de regra, o Chile é caro, mas Viña del Mar se supera, tudo
extremamente caro, cheio e com filas, corremos então para o McDonald’s mais
próximo, que por sinal também estava lotado, pensamos que o atendimento seria
como no Brasil, que mesmo em dias muitos cheios, eles conseguem dar conta do
serviço como uma certa rapidez. Este com certeza é o McDonald’s mais lento do
universo, o pedido demorou quase 1 hora para ficar pronto e só não desistimos
pois não teríamos opções melhores naquele horário. O combo do Big Mac saiu por aproximadamente
R$ 35,00.
Após o almoço partimos para Valparaíso, que está ao lado de
Viña, e ficamos espantados com o abandono da cidade, ruas sujas, muitas pichações,
muitos moradores de rua, realmente um lugar muito bonito, mas em péssimo estado
de conservação. Dava pra ver monumentos lindos pela cidade, inclusive um arco
que ficava numa avenida central, muitas praças e parques, todos muito mal
cuidados. Realmente uma pena, resolvemos procurar a casa de Pablo Neruda, mas
estava um inferno para chegar lá, acabamos desistindo, por fim, demos uma volta
numa feirinha tradicional que se encontra na frente do prédio da Marinha e
resolvemos que seria melhor voltar.
Na volta pegamos muito trânsito e inclusive pontos de
congestionamento, graças à organização chilena, eles fecharam algumas faixas da
rodovia que seguia de Santiago para Valparaíso, para que os carros pudessem
usar como faixa reversa, foi uma boa escolha para nós, pois cortamos alguns
quilômetros de trânsito completamente parado. A chegada até Santiago ocorreu
tranquila, mas com trânsito constante. Como já era tarde, resolvemos passar em
um supermercado, comprar alguma coisa fácil para fazermos e logo voltar pra
casa. Assim jantamos e já fomos descansar, no outro dia partiremos em direção
ao Atacama, mas antes, uma parada em Copiapó.
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